Os profissionais que operam equipamentos emissores de radiação ionizante devem usar um dispositivo chamado dosímetro, para medir as doses de radiação ionizante a que teve exposto durante o trabalho. Periodicamente, esse medidor é enviado para um laboratório, onde é gerado um relatório de dosimetria. Se as doses ficarem acima do permitido, o profissional é afastado até o restabelecimento da normalidade.
Junto com exames periódicos de sangue, para contagem de plaquetas, esse sistema de monitoramento é suficiente para garantir a segurança dos trabalhadores. Contudo, o que fazer se a regularidade da dosimetria for afetada, como foi durante esses dez dias de greve dos caminhoneiros?
A resposta é simples: em casos de contingência, os profissionais devem continuar usando o dosímetro antigo e, em hipótese nenhuma, devem trabalhar sem o dispositivo.
Segundo o engenheiro de segurança do trabalho e supervisor de radioproteção Gabriel D’Arrigo de Brito Souto, algumas pessoas pensam que o dosímetro só dura por trinta dias. Entretanto, essa é uma ideia errada. “Embora a troca mensal do dosímetro seja uma determinação legal, no caso de uma contingência, como é o caso, eles podem, sim, ser usados por mais tempo, sem nenhum prejuízo para a contagem das doses”, esclarece.
De acordo com as principais empresas de dosimetria do país, os atrasos devem acontecer, principalmente, em capitais como São Paulo e Rio de Janeiro, por conta da grande demanda pelo serviço. Contudo, esse lapso temporal de cerca de uma semana não vai gerar risco para os trabalhadores.
Fonte: site – Conter 
Materia publicada: 01/06/2018

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