Em um dia como hoje, há 115 anos, Marie e Pierre Curie anunciaram o isolamento de um grama de rádio: foi a primeira vez que se obteve uma amostra deste elemento, presente naturalmente no urânio e no tório.
Os Curie fizeram a experiência com a pechblenda, uma variedade de uraninita, de cor marrom ou preta, finamente granulada, amorfa ou microcristalina, principal mineral-minério de urânio, além de ser também fonte de rádio. Trata-se de um mineral comum rico em urânio.
Após retirar o urânio refinado do mineral, o casal descobriu que os materiais que restavam continuavam radioativos. A fim de estabelecer a origem dessa radioatividade, Marie Curie dissolveu, vazou e cristalizou repetidamente várias toneladas de pechblenda entre 1899 e 1902, até obter um grama de rádio. Graças a essa descoberta, madame Curie foi premiada em 1911, com o Nobel Prize de Química.
No início da descoberta, atribuíram propriedades curativas ao rádio, que passou a ser utilizado em produtos de uso diário, como pastas de dente e produtos de beleza para o corpo. Entretanto, logo se descobriu que o material era demasiadamente radioativo para ser usado diariamente.
Atualmente, a radiação ionizante é utilizada para fazer radiografias, tratamentos contra tumores, irradiação de alimentos, de joias e de obras de arte, entre outras aplicações industriais.

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